19 de jul. de 2006

clássica de cicloturismo

10 de jul. de 2006

Projecto de Investigação Arqueológico

É com todo o agrado, que observo a existência crescente de atenção, para com o nosso principal ex-libris: o Santuário da N.ª Sr.ª da Graça e seu espaço envolvente. Não sei se por força da insistência e perseverança de alguns, ou da disponibilidade de outros, mas o facto é que efectivamente existe uma atenção diferente (para melhor) por parte das entidades publicas locais, associativismo e população em geral. É certo e sabido que possuímos um recurso natural magnifico, e é com ele que devemos desenvolver toda uma estratégica turística e de preservação natural/patrimonial.

Passo a transcrever a noticia inserida no Jornal a Voz de Trás-os-Montes no dia 6 de Julho de 2006:

“Foi contemplado, com um apoio financeiro no valor de 46.000 euros, um Projecto de Investigação Arqueológico, desenvolvido, em Mondim de Basto, no âmbito do Concurso «Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos de 2005/2009», promovido pelo Instituto Português de Arqueologia (IPA). Este projecto (“Estudo e Valorização do Património Arqueológico da Vertente Oeste do Monte da Senhora da Graça”, projecto de investigação apresentado ao IPA ), para além de retomar o estudo e valorização do Povoado do Crastoeiro, tem como objectivos traçar o quadro do povoamento Pré e Proto-histórico da vertente Oeste do Monte da Senhora da Graça; identificar, estudar e valorizar manifestações de arte rupestre naquele território; aprofundar e consolidar o estudo da fase de ocupação mais antiga do Crastoeiro; valorizar a estação arqueológica e dotá-la dos meios pedagógico-didácticos essenciais, de forma a torná-la um pólo de aprendizagens e de exercitação de competências. Este projecto tem a duração de quatro anos.
A equipa de investigação é composta por arqueólogos e especialistas em estudos relacionados com paleoambientes, reconstrução paleobotânica, arte rupestre e metalurgia. Refira-se, ainda, que, no âmbito do protocolo, assinado entre o Município de Mondim de Basto e a Universidade do Minho, tem início no dia 10 de Julho e termina no dia 4 de Agosto, a oitava campanha de escavações arqueológicas no Crastoeiro, em Mondim de Basto. Sob a direcção científica do arqueólogo António Pereira Dinis, os trabalhos contam com a participação de 10 alunos, dos 1.º e 2.º anos da Licenciatura em Arqueologia; e dos 3.º e 4.º anos da Licenciatura em História, variante Arqueologia, daquela instituição de Ensino Superior.
As escavações arqueológicas são suportadas, financeiramente, pela Câmara Municipal de Mondim de Basto, enquanto parceira no projecto multidisciplinar referido.”


Se juntarmos como tudo indica, a este projecto, a homologação do percurso pedestre com inicio no Lugar de Campos e termo no alto do Monte Farinha, creio que finalmente começa a existir uma estratégica objectiva em torno de um monte que tem tanto de imponente como de beleza desconhecida, por incrível que pareça, pela mesma população que o venera e se habitou com ele, ver passar cada dia da sua vida.

Bruno Ferreira